sábado, 6 de novembro de 2010

O que senti era chamado de AMOR.



- Parei para observar as pessoas ao meu redor,
eram muitas: altas, baixas, magras, robustas, brancas, negras;
mas nada disso me importava. 

Passei a procurar dentro de cada
uma aquele sentimento que que muitos falam que já sentiram, mas eu não.
O que era aquilo? Porque todos sentem, e eu não? 

Não sabia. Procurei, procurei... e nada. 
Olhava os casais abraçados, se entrelaçando,
procurando o aconchego entre eles. 

Mas, afinal, o que era aquilo que eles tinham, sentinham ou, até, procuravam?
Muitos dizem que ser algo caloroso, de pura alegria,
que deixa nossos dias mais alegres e felizes. 

Porém, do nada,
pode mudar a vida e transformá-la em um simples mar de tristeza e angústia.
Talvez. Não sabia o que era, e não sabia, também,
se queria conhecer essa emoção. Seria medo de sofrer,
ou somente receio? Mas, de repente, algo surgiu dentro de mim.
Era ''o sentimento''. A partir daquele momento,
repeti várias vezes: sim, eu senti, eu senti!
Depois também conheci o lado ruim desse sentimento:
algo dentro de mim havia sumido. Um buraco em meu peito apareceu,
e lá ficou. Assim, descobri que, apesar de ser bom e ruim ao mesmo tempo,
se não for pra ser, não será. Descobri, também,
que o que senti era chamado de AMOR. 

No fim, percebi que a lárima que escorre em nosso rosto,
por causa dele, some. Mas aquela que escorre dentro de nós, não some.
É uma ferida de gosto amargo, mas que nos dá, a cada experiência,
um ensinamento que talvez, sem ele, nunca poderíamos adquirir.

Creditos: L. Melo

0 comentários:

Postar um comentário